Indignação!

Eu estava procurando rapidamente uma bota em uma grande loja de departamentos que tem por garoto propaganda o talentoso Sebastian e a linda Daniella Sarahyba. De repente, ouço uma moça falando em voz alta, agressiva, ríspida, me virei e vi que a moça era cadeirante e estava presa entre as prateleiras de sapatos. Ela dizia para um vendedor:
-Você acha que dá pra se mover aqui? Você acha?
-Do que adianta colocar a rampa se depois a gente não tem espaço pra se locomover?
-Você sabe quantas vezes eu subi me arrastando, de bumbum no chão?
-Você acha isso justo? Eu sou consumidora como todos os outros, o meu dinheiro é igual!

O vendedor aguardava um supervisor que nunca chegava, o pobre não sabia o que fazer e parecia querer sair correndo, mal conseguia olhar pra moça que continuava a falar alto - com toda razão.
Ela disse que em outra vez, foi prontamente atendida porque havia um representante da promotoria dentro da loja, como hoje não tinha ninguém, nada acontecia.

Fiquei impressionada com aquilo, eu, que não sou pequena tenho dificuldade pra andar em meio as prateleiras, por isso citei no início que procurava rapidamente, eu entro e quero sair correndo da loja de tão lotada de coisas, mal organizada e poluída visualmente, sem contar o calor porque desde o apagão, algumas lojas e shoppings insistem em "poupar energia". Tento pisar o menos possível nesses.

Percebi que a moça não tinha só agressividade e rispidez na voz. Era indignação.
Ela tinha razão.
Costumam dizer que o cliente sempre tem, mas parece que tratam alguns como se não fossem clientes.